terça-feira, 26 de abril de 2011

Da Dispersão

Eu difusa em fim.
Perdida em mim.
Sufocada em si.

Antinomia confusa.
Distraída, displicente.
Dispersa no ar.

Com os ais e os hão de ser.
Todos virão um dia.

domingo, 24 de abril de 2011

Quando souber, volto pra você.

Vou buscar o meu eu, me achar. Não vou culpar os outros pelos meus erros, vou seguir o caminho, aceito a condição. E para que eu me ache é preciso seguir só; essa busca é solitária. No caminho vou experimentando, vivendo quem sabe me descubro. Quando souber o que sou, volto pra você.

E como ele se chama?

Você o encontra quando não procura, ele surge de repente. Ele te acha. E te domina de tal maneira que todos o notam, porque sua presença não tem disfarces. Você ainda dúvida de ter encontrado, por saber quão precioso ele é. Faria tudo para não perder, faria tudo para manter.Só que não sabe lidar, não sabe o que fazer com ele. E mesmo que o tempo queira modificar o sentimento você teimará que ele permaneça. E como ele se chama? E como você o chama?.

O poder da mídia.

Documentário do cineasta sueco Peter Cohen, que mostra de forma clara como a mídia é poderosa e o que ela é capaz de fazer quando bem aplicada.
O vídeo mostra que Hitler era detentor de conhecimentos estratégicos de mídia e sabia usá-los de maneira impressionantemente bem para conseguir atingir seus objetivos.
Foi usando a mídia e técnicas de persuasão que ele conseguiu convencer a todos que os judeus não poderiam estar em ascensão financeira, morando em belas casas, enquanto os alemães puros, de raça superior ficavam por baixo, morando em casebres.
Hitler usou seus conhecimentos e a tecnologia de maneira muito convincente, ao mostrar que a miscigenação racial estava causando uma mutação genética em um grau elevado, e contaminando o país deles.
A intenção do vídeo não é enaltecer Hitler, e sim de mostrar o poderio da mídia e como ela influência as pessoas através de técnicas de comunicação bem empregadas.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Não é meu coração que sente o amor. É a minha alma que o saboreia.

Paulinho Moska faz uma bela descrição do amor.

Não falo do amor romântico,
aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão,
paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida,
explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto,
formatado, inteiro, antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim,
que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído,
inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O amor é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta?
O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
o amor será sempre o desconhecido,
a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação.
O amor quer ser interferido,
quer ser violado,
quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto,
decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos,
e nós preferimos o leito de um rio,
com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o amor não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha e
nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu
como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa,
como um crepúsculo inundado de beleza e despedida,
o amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do amor,
se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo,
me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a Vida é feita.
Ou melhor, só se Vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Se vai tentar, siga em frente.


Poeta, contista e romancista de origem alemã mas criado no Estados Unidos. Sua obra é tida como obscena e de estilo coloquial, com descrições de trabalhos braçais, porres e relacionamentos baratos, fascinaram gerações de jovens à procura de uma obra original. Que se aproximasse da vida real, talvez daí seu sucesso em alguns grupos fora do contexto tradicional.



Se vai tentar
siga em frente.

Senão, nem começe!
Isso pode significar perder namoradas
esposas, família, trabalho...e talvez a cabeça.

Pode significar ficar sem comer por dias,
Pode significar congelar em um parque,
Pode significar cadeia,
Pode significar caçoadas, desolação...

A desolação é o presente
O resto é uma prova de sua paciência,
do quanto realmente quis fazer
E farei, apesar do menosprezo
E será melhor que qualquer coisa que possa imaginar.

Se vai tentar,
Vá em frente.
Não há outro sentimento como este
Ficará sozinho com os Deuses
E as noites serão quentes
Levará a vida com um sorriso perfeito
É a única coisa que vale a pena.

Charles Bukowski.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Amor sem preconceitos.

Por que o amor não segue uma regra, nem modelos. Ele simplesmente acontece. Curta do diretor e roteirista Daniel Ribeiro.

Espírito da Época.

O norte-americano Peter Joseph consegue através do filme Zeitgeist(expressão em alemão que significa "espírito da época), deixar no ar interrogações sobre algumas supostas verdades.Ele é seccionado em três frentes: "The Greatest Story Ever Told" ("A maior história já contada") , "All the World's a Stage" ("O mundo inteiro é um palco"), frase de William Shakespeare, e "Don't Mind the Men Behind the Curtain" ("Não se preocupe com os homens atrás da cortina").
A primeira parte é impactante. Segundo o vídeo, desde 10000 a.C., entidades solares têm sido purpurinamente festejadas em várias culturas. O deus egípcio Hórus, por exemplo: nasceu a 3000 a.C., é um messias solar que luta contra o messias das trevas, Set, rei na noite. Hórus nasceu a 25 de dezembro, é filho de Isis-Meri, uma virgem. Quando nasceu, três reis seguiram as pegadas de sua aurora. Como Cristo, começou a pregar aos 12 anos de idade e foi batizado também aos 30 anos. Tifão (como Judas a Cristo) o traiu. Hórus foi crucificado e ressuscitou três dias depois.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ar em movimento.


Ar em movimento, para mover caravelas, para gerar energia, para praticar esporte.

Para pentear cabelos, para sentir-se viva.

Uma brisa para refrescar ou revoltos como o ciclone.

Vento para semear. Para remodelar paisagens. Para mudar estações.

Vento de mudanças e constância.

É o beijo de Éolo diariamente.

Uns dias amorosos outros raivosos.

domingo, 10 de abril de 2011

Somewhere

Haverá um lugar, um tempo em que, tudo fluirá.

Esse lugar será, o refúgio para os dias caóticos.

O dia será, leve, breve, suave.

Os desejos realizados. A alma liberta. O ar respirável.

E ele pode estar em qualquer espaço. Por que ele não me levará eu o levarei.

E não terá regras, modelos, estruturas. Só plenitude.

Ele será azul ao contrário do que vivo cinza.

Quando a vida real me cansar fugirei pra lá.

Lá serei feliz.